Cai número de fumantes no país, diz pesquisa...


Em 1989, 33% dos brasileiros maiores de 18 anos fumavam, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Hoje, essa proporção é de 18%, concluiu a Pesquisa Especial de Tabagismo divulgada ontem pelo instituto. A queda foi de 45%.

A pesquisa, realizada a partir de 2008, entrevistou 39.425 brasileiros com mais de 15 anos. Desses, 17,5% fumam. Outros 13 países estão realizando a mesma pesquisa, que termina em outubro.

– Conseguimos reduzir bastante o número de fumantes, mas precisamos continuar a briga. A indústria do tabaco primeiro focou as mulheres, e o resultado já pode ser constatado. Agora, o foco está nos jovens. Essa é a principal faixa etária em que devemos trabalhar, porque é a idade em que é mais fácil abandonar o vício – diz Liz Maria de Almeida, gerente da Divisão de Epidemiologia do Inca.

A pesquisa mostra que a proporção de jovens do sexo feminino que começam a fumar antes dos 15 anos é 22% maior do que a dos homens em todas as regiões do país.

Segundo o Inca, a geração de brasileiros nascidos a partir da década de 1980 – que hoje tem até 30 anos – começa a fumar aos 17 anos, em média. No Nordeste e no Centro-Oeste, a proporção de jovens que começa a fumar antes dos 15 anos é maior do que nas outras regiões.

Homens fumam mais, mulheres param antes

Entre os jovens, chama a atenção o fato de os homens fumarem 2,5 vezes mais do que as mulheres. Entre as outras faixas etárias da população essa proporção é menor. Uma das explicações para isso é o fato de que as mulheres param de fumar numa proporção duas vezes maior do que a dos homens.

A pesquisa ainda constatou que os jovens são mais sensíveis à propaganda pró-tabaco do que os adultos – 48,6% dos jovens relataram ter percebido propaganda pró-tabaco, ante 38,7% dos adultos. [Fonte: DC]

É verdade que o cigarro tem efeito tranquilizador? Descubra

Os benefícios de parar de fumar - redução no risco de câncer e muitos outros problemas de saúde - são bem conhecidos. Porém, para milhões de fumantes o efeito tranquilizador de um cigarro pode ser motivo suficiente para voltar ao hábito.
No entanto, estudos descobriram que, na realidade, fumar surte o efeito oposto, fazendo com que os níveis de estresse aumentem no longo prazo. Para os dependentes, o único estresse que ele alivia é o da abstinência entre cigarros.
Num recente estudo, conduzido na London School of Medicine and Dentistry, pesquisadores acompanharam 469 pessoas que tentaram parar de fumar após serem hospitalizadas por problemas cardíacos. No início, os participantes tinham níveis parecidos de estresse e, no geral, acreditavam que fumar os ajudava a lidar com isso.
Um ano depois, 41% tinham conseguido manter a abstinência. Após controlar diversos fatores, os cientistas descobriram que os abstêmios apresentavam "uma queda significativamente maior no estresse percebido", de quase 20%, em comparação aos fumantes, que apresentaram pequenas mudanças.
A hipótese dos cientistas era de que os fumantes lidavam com os desconfortáveis desejos entre um cigarro e outro várias vezes ao dia, enquanto os abstêmios, depois de sofrerem com a abstinência inicial, gozavam de maior liberdade em relação aos desejos por nicotina - e haviam, consequentemente, eliminado uma frequente e importante fonte de estresse.
Outros estudos também descobriram que os fumantes enfrentam níveis elevados de estresse e tensão entre cigarros, e níveis mais baixos após deixarem de fumar. Assim, o efeito tranquilizador do cigarro é um mito, ao menos no longo prazo.[Fonte: Terra]

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